Dizia-me seres ateu, mas clamava no ápice, DEUS meu, rindo então ,me pedia perdão, pelo desatino herége, clamando o gozo meu. Neste apogeu de céu, rompia-se o sangue e o mél, escorrendo como rio, inundando o lençol daquele bordel, feito um tango de Gardel. A meretriz era eu, voce o aprendiz, sem nada saber, te dei a entender, que éras o melhor, meu séxo inssaciavel, quiz mais, agora um boléro bem marcado, sem valor estipulado, o desejo era meu. Teu corpo cansado, ali jogado, pedia arrego, mas não contive meu desassossego, a atriz repetiu o ato, quase um monólogo que não tinha epílogo. O teatro estava lotado, fila na bilheteria, esperando a porta se abrir, e grande atriz dali, do nada surgir, escancarando as cortinas de veludo vermelho, tal qual o vestido de veludo vermelho de Scarlet , com olhos aflitos, em meio a multidão já nas cadeiras, procurando seu Rett, com o terço nas mãos, tão Santa, uma linda visão.
FECHAM-SE AS CORTINAS
TEATRO VAZIO, CORPO CANSADO
RESTOU O RANGER DAS PORTAS
AGORA FECHADAS.
A ATRIZ VESTE SUA MORTALHA
DA EXAUTÃO À SOLIDÃO
DE TERÇO NA MÃO
REZA A ORAÇÃO DO PAGÃO.
SANGUE E MÉL NO COLCHÃO
DOR E LÁGRIMAS PELO CHÃO
SÓ DESEJA AGORA
ESQUECER QUEM É ,OU NÃO.
A MERETRIZ FEZ SEU TRABALHO
BEM PAGO, REALIZADO
FELIZ SE FOI O APRENDIZ
CONVERTIDO ATEU, AO PECADO.
Cristal amor 12/09/2007
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